Prados

Celorico da Beira

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Natureza

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Prados

Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete.  A contagem ajuda a recuperar o fôlego depois da subida até Penha dos Prados. Ali no alto, são sete os castelos que os olhos alcançam por entre a interminável mancha florestal. Dali, os valentes povos da aldeia de Prados avistavam as fortificações mais longínquas, mas ignoravam o vizinho que morava ao lado: o castelo de Linhares (o oitavo e o mais próximo geograficamente) é o único que se esconde da vista do ponto mais alto do concelho de Celorico da Beira.

Ilusoriamente perto do que está longe e inevitavelmente distante de quem lhe está próximo, a população de Prados viveu outrora isolada nas encostas da serra, gozando de uma reputação pouco recomendável: dizia-se que o povo, preso numa aldeia fortificada, era tão ávido de conflito e violência quanto alheio à civilização e ao progresso. História factual ou lenda que a população agora desmente à chegada de cada forasteiro, recebido com genuína hospitalidade.

Desses tempos longínquos, ricos em narrativas e crenças, sobram os versos que cruzaram gerações e que ecoam pelas ruas da aldeia em recriações tradicionais como a “Encomendação das Almas” (por altura da Quaresma). Sobram os extensos campos de floresta (com destaque para o castanheiro), de solos férteis e água abundante. Sobram os pastores e os rebanhos que, por estes dias, ainda teimam em caminhar, planalto acima, planalto abaixo. Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete… e o oitavo castelo escondido pelo manto verde da natureza. Prados não perdeu o significado.

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